“Jardins botânicos” partiu do desafio de trabalharmos a partir da pré-existência dos jardins botânicos de Coimbra (criado em 1772) e do Rio de Janeiro (criado em 1808), as duas cidades em comunicação e de exposição deste projeto. As nossas duas instalações, partem da experiência e observação dos dois jardins, para criar uma reflexão sobre paisagem construída e representação visual. As fotografias a preto branco, mapeiam espaços, organizações, espécies e detalhes, sublinhadas e abertas pelos desenhos monocromáticos, num movimento em aproximação às práticas oitocentistas mais eruditas de tipo enciclopedista, mas também às mais privadas dos herbários caseiros e da observação natural da ilustração proto-científica ou mesmo dos primeiros fotogramas dos inícios da fotografia, de Henry Fox Talbot.
O Alfabeto do Fogo é um vídeo realizado a partir de 30 fotografias em médio formato a preto e preto. A encenação proposta e, curta mas repetitiva animação, propõe uma linguagem nova – visual e sonora – a partir de dois paus queimados de uma árvore que outrora pertencia a uma floresta portuguesa, entretanto queimada nos grandes incêndios de 2017. Uma escrita de carvão para entender paisagens em mutação destrutiva.
Apoio à nossa participação na exposição:
Programa Shuttle de Internacionalização Artística, Programa Pláka, Câmara Municipal do Porto
Jardim Atlântico exposição colectiva com os artistas portugueses e brasileiros Daniel Moreira e Rita Castro Neves, Débora Mazloum, Hugo Rodrigues Cunha, Isaura Pena, Júnia Penna, Nena Balthar, Susana Anágua and Vanda Madureira. Curadoria de António Olaio e Malu Fatorelli. Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial do Rio de Janeiro, de 19 de setembro a 25 de Novembro de 2018.
Apresentação de dois trabalhos: uma série de 36 desenhos e fotografias e uma vídeo instalação.
A nossa participação na exposição foi tornada possível graças ao apoio do Programa Shuttle de Internacionalização Artística, Programa Pláka da Câmara Municipal do Porto.