Primeiro temos uma mesa, para o estudo da matéria. Aqui se acumulam possibilidades várias a propósito de uma montanha. É uma montanha e é a montanha, que se repete na sua diferença. Matérias e escalas experimentam-se num acúmulo de conhecimentos. É um estudo e de certa forma o nosso pequeno studiolo.
Depois, Objeto imaginário com montanha em movimento é uma estrutura de uma simplicidade desarmante e à vista, que mostra e demonstra a sua própria arquitetura. Finas ripas estruturam uma cobertura de papeis translúcidos unidos com fita de papel, numa manta que é uma coleção. Esta montanha-tenda-abrigo-écran-de-projeção é o lugar para apresentar uma animação em stop motion de uma mesma montanha representada bi-dimensionalmente (a bidimensionalidade do desenho e – digamos – a bicumicidade da forma típica da montanha com dois cumes). As ripas são de madeira e o papel é vegetal.
O filme é feito pela sucessão desregrada e atípica de 24 desenhos, cada desenho um frame, mas juntos perfazendo bem mais do que um segundo: a montanha anima-se.
Será mais do que andar na montanha: é montanhar. Paramos na nossa caminhada, a imagem no escuro do binóculo treme, o que vemos movimenta-se. E ainda parados, sobre o corpo: o vento.
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Mais sobre a Montanha Mágica* arte e paisagem aqui.
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Montanha Mágica
Instalação para o átrio de entrada do Museu de Lanifícios da Covilhã.
Montanha Mágica* Arte e Paisagem, Universidade da Beira Interior – UBI
Objeto imaginário com montanha em movimento, instalação com madeira, folhas de papel vegetal, fita de papel, stop motion realizado a partir de 24
desenhos, 300 x 120 x 150 cm.
Montanha (estudo), mesa com vários elementos (desenhos, colagens e objetos), 75 x 135 x 80 cm.
20 a 22 Novembro de 2019.
A nossa participação também incluiu a artist talk do fogo, da folha e da pedra no dia 22 às 12h no Auditório da Biblioteca da UBI.