A casa de banho pública do Marquês de Pombal situa-se por baixo de um coreto num animado jardim público. Aqui, durante o dia, idosos juntam-se para conversar e jogar cartas. À noite, vendedores de droga e prostitutas tomam conta do lugar.
Esta peça em colaboração usa som e uma caixa de luz. A mal-cheirosa casa de banho pública está recoberta de mármore cor-de-rosa e não tem nenhuma fonte de luz directa exceptuando a que entra pela porta.
Para esta peça substituiu-se o espelho da casa de banho por uma caixa de luz de 39×39 cm. A imagem mostra um jovem rapaz de olhos vermelhos que nos olha intensamente mas cujos olhos não estão fixos (pelo uso de uma longa exposição). A luz que vem da caixa de luz é a única fonte de luz no espaço, e quando, por um curto momento se desliga o espaço fica vazio, para logo ser de novo preenchido pela imagem do homem.
O som stereo original é uma música instrumental emotiva e nostálgica que combina sons de água a cair de uma torneira, chuva e pássaros – sons previamente gravados naquele mesmo local.
WC, 2001, com Eric Many, obra site-specific para uma casa de banho pública, Jardins do Marquês de Pombal, Porto, parte do projecto WC Invicta Public’Arte, instalações de vários artistas em casas de banho públicas da cidade do Porto.
Caixa de luz, 39 x 39cm com luz neon intermitente, fotografia 38×38 cm negativo côr/duratran. Colunas de som escondidas com som original.
Curador: João Lima /Sentidos Grátis.